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domingo

Igreja Universal do Reino de Edir Macêdo

Não faz muito tempo a Igreja Universal era um escândalo em termos doutrinários e na moral com que utilizava o dinheiro doado pelos seus fiéis e Edir Macedo não era levado muito a sério e no máximo se pensava nele como um aproveitador.

O tempo passou e o menino cresceu.

A Universal hoje é uma das igrejas que mais crescem no país, o império conta com milhares de templos e várias empresas, entre elas um império de comunicação e uma empresa de taxi aéreo, e os evangélicos que viam a igreja com certa desconfiança, terminou se unindo e até adotando certas práticas por eles praticadas.


No que se refere a fé, A igreja Universal fez um mix de elementos e superstições advindas de outras religiões e incorporadas a sua liturgia, prova disso é a nomenclatura das entidades da umbanda e guias do candomblé, invocados, para depois serem 'expulsos', nos cultos da igreja, tais como ' tranca-rua' e 'pomba-gíra'. Como diz Monteiro e Almeida:


" No cenário atual, pode-se entender a neopentecostal Igreja Universal, fundada em 1977, como resultante da interação, tanto simbólica quanto numericamente, dos universos evangélico e umbandista. A Igreja Universal construiu uma religiosidade que condenou - e ao mesmo tempo validou - os conteúdos de outras religiões, contudo, paradoxalmente, incorporou as formas de apresentação e certos mecanismos de funcionamento de um prática encontrada particularmente na umbanda. Ela ficou mais parecida com a religiosidade inimiga ao elaborar um sincretismo às avessas, que associou as entidades da umbanda e orixás do candomblé ao pólo negativo do cristianismo: o diabo. Se originalmente os universos foram formados em contextos diferentes, a interação (produto do trânsito de pessoas e idéias) gerou uma religiosidade que mistura exus com glossolalia, exorcismo com transe; de tal maneira que se estabeleceu uma continuidade pela qual as entidades conseguiram transitar e esses universos puderam, pelo transe, se comunicar. Os pares negação/inversão e assimilação/continuidade são os mecanismos fundamentais pelos quais se processaram essa antropofagia religiosa. Graças a esses binômios, a Universal pôde manter o proselitismo de fiéis e, ao mesmo tempo, ser sincrética com outras crenças, que, juntamente com os infortúnios vividos pela população brasileira, formam o alimento constitutivo do seu simbolismo religioso". (MONTERO, P. e ALMEIDA, R. "O campo religioso brasileiro no limiar do século: problemas e perspectivas" In: Rattner, H. (org.). Brasil no limiar do século XXI. São Paulo, Edusp, 2000.)


Edir Macedo virou celebridade, uma lenda viva. Na inauguração da TV Record News estava lá o presidente da República, Macêdo virou cult.


Agora dezenas de pastores e fiéis da igreja universal entraram na justiça numa operação que parece por ela orquestrada, contra meios de comunicação que publicaram reportagens falando a respeito da instituição. Fala-se em 'perseguição religiosa' contra os evangélicos!


Com o poder político com seu próprio partido(com deputados federais e um senador eo vice-presidente da república), poder econômico (o dinheiro arrecadado com ofertas e dízimos dos fiéis), poder religioso (com a doutrinação dos fiéis conforme seus métodos e crenças) e com o poder da comunicação (com sua rede de rádio, jornais e televisão), Edir Macêdo é o maior fenômeno sociológico-religioso-econômico do nosso tempo.


É para mim, incompreesível, ver um império sendo erguido em nome daquele que disse que ' não tinha onde reclinar a cabeça'.


A igreja é praticamente universal, presente em diversos países. Do reino, pois é um império nunca antes conseguido por um religioso no país. De Deus, bem... Lembro de alguém, não sei ao certo dizendo "meu reino não é deste mundo", não sei, mas acho que foi dito por alguém muito importante! O que se configura aqui mais parece a Igreja Universal do Reino de Macêdo .


Eles tem o direito de se defender ao se sentirem ofendidos com as reportagens da Folha de São Paulo e O Globo, mas têm que ter cuidado para que coexistam a 'liberdade de imprensa' com ' liberdade de culto', garantidas pela constituição. Como donos de veículos de comunicação eles devem saber muito bem disso, ou estaremos caminhando para um caminho muito difícil.


Por outro lado, posso não concordar com a metologia e doutrinas da Igreja Universal, e realmente não concordo, mas eles tem, a garantia constitucional de existir, e não há nenhum impedimento legal contra a construção de seu império político, econômico e de comunicação, e a forma de sua arrecadação nos cultos. Tudo é legal e ninguém tem uma faca no pescoço obrigando dar dinheiro pra igreja, dá quem quer e muita gente dá e é feliz assim, vai entender o mundo.


Apenas um alerta: Se qualquer 'perseguição' contra a Igreja Universal for entendida como uma perseguição 'aos evangélicos', estaremos vestindo uma carapuça que não é nossa, e validando uma igreja que, tem o direito contitucional de existir, mas é uma aberração doutrinária dos ensinos de Jesus.



Moisés Almeida

UNÇÃO E OUTROS NÃO SÃO

Texto de Denilson Torres

Paz e bem,

“Culto de libertação”, “levitas”, “cura interior”, “ato profético”, “adoração profética”, “mover de Deus”, “mover do Espírito”. O dialeto evangélico tem sido bombardeado por muitas palavras e expressões que, de tão batidas, tornam-se vazias. Novas palavras e expressões são inseridas a cada novo “mover de Deus”. E que Deus novidadeiro temos nesses últimos dias! A cada novo mover, novo jargão. Vemos um desfile de novas expressões tais como: “Eu tô na visão”, “é tremendo!”, “tá amarrado!”, “tá ligado!”. Não sabemos qual será a próxima onda, ou vento, mas temos certeza que, em breve, surgirão mais algumas frases feitas e palavras de ordem que mais parecem campanhas publicitárias.

Das palavras que compõem o jargão evangélico uma que me chama especial atenção é a “unção”. “O apóstolo Beltrano prega com unção”, “o levita Cicrano louva com muita unção”, “Eu senti a unção de Deus naquele CD”. Unção é a palavra chave para todo aquele que deseja “ministrar” para o povo de Deus. Mas, palavra é que nem gente, quando se vulgariza torna-se dissoluta, perde sua alma, se entregar a qualquer um, se prostitui e perde sua essência. E a pobre unção tem perdido seu viço de outrora e se tornado uma amarga caricatura daquilo que já foi e já significou um dia.

Refletindo os inúmeros casos de unção que temos podemos dizer que hoje unção é:

Passar credibilidade – Não é necessário viver, mas é fundamental aparentar viver. É ser ator suficiente para, mesmo que esteja fora dos propósitos de Deus, continuar ministrando com “unção”. Os tropeços públicos daqueles que pregaram durante meses em pecado sem que ninguém notasse a sua perda de “unção” é evidência disso. Outro ponto interessante é que esta tal credibilidade tem muito a ver com a conduta sexual, faz parte da cultura evangélica brasileira;

Imagem pessoal – Aí está incluso o traje, preferencialmente ternos, mesmo em calor de quarenta graus. O vocabulário, a beleza estética, uma barba ou um bigode que lhe dê um ar mais austero ou remeta-nos ao imaginário dos profetas do Antigo Testamento. Pode ser também roupas de grife que demonstrem o quanto se é próspero, caso este seja o mote do ministério. Um título pomposo, como bispo, doutor ou apóstolo, conta também. Tudo isto ajuda a compor, mas é fundamental a entonação da fala, a postura e expressão corporal e a convicção que se passa, mesmo que não se tenha. O importante é impressionar o auditório;

Discurso – Importantíssimo. Deve-se saber o que o público quer ouvir e escolher uma linha de raciocínio que prenda o ouvinte, de preferência terminando com uma palavra que traga a expectativa da benção ou que aflore a capacidade de indução psicológica para que “milagres” ocorram. Um testemunho de alguém que recebeu a “benção” tem o maravilhoso efeito de provocar a comoção necessária para que pipoquem “maravilhas” no meio do auditório. Outro ponto importante no discurso é colocar-se, da maneira mais sutil possível, como alguém intocável, a frase “não toqueis no meu ungido” deve ser introjectada sorrateiramente no coração do povo. Esta estratégia, além de facilitar a manipulação das pessoas, é como uma apólice de seguro caso um escândalo envolva o ministério;

Novidade – Pregar em outras comunidades potencializa a “unção”, é o inverso do “efeito Nazaré”. Já o pregador local tem que se desdobrar em campanhas, cultos especiais, e, principalmente, trazer mais pessoas que não estejam acostumadas ao seu estilo, mesmo que isto signifique altíssima rotatividade de membros;

Reputação – Este é o alvo. A reputação que antecede alguém é o ponto chave para que sua mensagem seja recebida com a expectativa positiva que vai fazer com que mais pessoas sejam impactadas com sua “unção”. É como andar de bicicleta, no começo há que se fazer algum esforço, mas depois que ela apruma fica bem mais fácil. Cria-se o ciclo virtuoso, ou vicioso, a depender da intenção, em que a reputação facilita a ocorrência de “maravilhas” e estas aumentam a reputação;

Não estou falando que estas coisas sejam más em si mesmas, todo bom ministro do evangelho deve cuidar da sua credibilidade, da sua imagem, ter um discurso que mova corações e mentes, deve procurar não cair no marasmo e zelar pela sua reputação. O que incomoda é confundir estas coisas com algo que é muito maior. É fazer da preocupação exagerada com um ou vários destes itens o foco do seu ministério, inclusive com divulgação maciça de tais e tais méritos e maravilhas e milagres criando ídolos que vão ofuscando a Palavra.

Infelizmente neste grande circo que é o mundo, nós também estamos estendendo lonas atrás do espetáculo. Queremos o sensacional, o fora do comum, o extraordinário, a catarse coletiva, as grandes concentrações populares.

A verdadeira unção de Deus não está nas histórias de cura, de prosperidade, de vitórias. Mas nas histórias de vida. Alegres e tristes, boas e más, grandes e pequenas. Com toda a grandeza, ambigüidades e contradições da vida. Esquecemos que a grande vitória da vida cristã não está em vencer as adversidades, mas em passar por elas guardando a fé. José venceu a adversidade, Abel foi morto pela adversidade. Mas cada um deles, aos olhos de Deus, é mais que vencedor. Esta é a verdadeira unção.

Somos parte de uma geração que pensa ser rica, mas é pobre, cega, nua e não se percebe.

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Pr. Denilson Torres
Ministério Fruto do Espírito
http://www.frutodoespirito.com.br/

sábado

A Loucura da Confissão positiva - Base da Teologia da Prosperidade

Garimpando na net vi esse texto que vale ler. Veja o que os profetas da prosperidade e confissão positiva pregam, verdadeiro 'lixo teológico'. Estão nessa onda o RR Soares, Valnice Milhomens, Robson Rodovalho, Edir Macedo, Morris Cerullo, entre outros. (Moisés Almeida)


Frases dos 'Positivistas' - Pessoas destituídas de razão

Texto de : Anderson Henrique Maciel

É indiscutível o desencontro entre a Palavra de Deus e a doutrina da Confissão Positiva e Teologia da Prosperidade Financeira.


"Jesus era sempre positivo em Sua mensagem" (E.W.Kenyon)."Nosso problema é que oramos e confessamos muito., mas não mandamos. É gostoso mandar!... Jesus pagou o preço para fazermos isso..." (Kenneth Hagin Jr)."Não ore mais por dinheiro... Exija tudo o que precisar. Deus quer que seus filhos usem a melhor roupa, dirijam os melhores carros e tenham o melhor de tudo... simplesmente exija o que você precisa" (Kenneth Hagin)."A fé em Deus - fé que parte do coração - acredita na Palavra de Deus, sem importar quais sejam as evidências físicas. Uma pessoa que busque cura deveria olhar para a Palavra de Deus e não para seus sintomas. Ela deveria dizer: "Sei que estou curada, porque a Palavra diz que pelas suas pisaduras eu fui curada" (Kenneth Hagin).


É errada a idéia que "o Senhor Deus é quem cura, e que Ele é o responsável para que os milagres ocorram. Enquanto você esperar que Ele venha curá-lo, provavelmente continuará sofrendo. Se você descobre que certa coisa é sua, você não precisará de nenhuma fé para exigir aquilo que sabe que é seu. Você simplesmente tomará posse do que é seu. Você deve exigir o cumprimento do seu direito imediatamente e, logicamente, ficar curado. Você deve exigir os seus direitos em Cristo.


Usar a frase 'se for a Tua vontade' em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração. Não é pela misericórdia de Deus que você poderá ser curado, mas sim que você tem o direito de exigir a sua cura. É só você crer no que o Senhor declara e exigir a Sua bênção (exigir de Deus a bênção), ordenando ao mal que saia do seu corpo. Você não precisa orar, jejuar ou pedir a quem quer que seja para orar por você. Segundo estas declarações (Is 53.4,5) você pode ter certeza absoluta que Deus já o curou. Você é o único responsável por sua cura. Você deve exigir o cumprimento do seu direito imediatamente e, logicamente, ficar curado" (R.R.Soares, "O Direito de Desfrutar Saúde", pp. 6,7,8,10,17-19,23,31).


"Aquilo que você diz invariavelmente torna-se no que você será ou terá. Falar em fracasso, comentar o quanto você sofre, confessar o que o mal está lhe fazendo, é dar aos poderes das trevas o senhorio da sua vida. As suas palavras farão de você um vencedor ou um derrotado. São as nossas palavras que nos darão saúde, ou que nos manterão enfermos. Os sintomas não significam que você já esteja doente. Quando você fala dos seus sofrimentos e dissabores... você faz com que o inimigo tenha mais força e controle sobre a sua vida. Quem confessa isso está semeando as piores sementes da destruição. Quando o diabo lhe trouxer qualquer sintoma de doença ou de qualquer outra coisa, recuse receber e resista-lhe usando a Palavra do Senhor. Assim, você não ficará enfermo. É impossível alguém confessar fracassos e derrota e viver vitoriosamente. Não adianta ficar orando, jejuando e pedindo ao Senhor que o vença (o diabo) por você". (R.R.Soares, A Sua Saúde Depende do que Você Fala, pp. 5,6,9,10,42,43).


Façamos um resumo da doutrina apresentada por R. R. Soares: (2)


1) Não é Deus quem cura.

2) A ocorrência de milagres não é responsabilidade de Deus.

3) É inútil ficar esperando por Deus.

4) O crente não precisa de fé para exigir o que é seu.

5) O crente deverá simplesmente exigir seus direitos em Cristo.

6) Colocar-se à mercê da vontade de Deus anula a oração.

7) A cura não decorre da misericórdia de Deus, mas do direito a que fizemos jus, o qual deve ser exigido.

8) Basta exigir que o mal saia do corpo, sem necessidade de orar ou jejuar, ou pedir oração a qualquer pessoa.

9) As doenças que os crentes julgam ter são apenas sintomas.

10) Quem fala de seus sofrimentos e dissabores está semeando as piores sementes da destruição.


Benny Hinn tenta resumir a questão assim: "Se seu corpo pertence a Deus, não pode pertencer às enfermidades".Kenneth Copeland: "Depende de você decidir se quer ou não viver sofrendo enfermidades".


Kenneth Hagin: "Faz grande diferença aquilo que alguém pensa. Acredito que esse é o motivo pelo qual muitas pessoas estão enfermas. O que faz um crente ser bem-sucedido é o pensamento certo, a crença certa e a confissão certa"."Usar a frase 'se for a Tua vontade' em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração (R.R.Soares, livro O Direito de Desfrutar Saúde, p. 11, citado por Paulo Romeiro, Supercrentes, p.37).


"Jesus me apareceu e disse que se alguém, em qualquer lugar, quiser tomar esses quatro passos ou pôr em operação esses quatro princípios, sempre receberá o que quiser de mim ou da parte de Deus Pai:

Passo 1 - Diga a coisa: positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo.

Passo 2 - Faça a coisa: Os atos derrotam-no ou lhe dão vitória.

Passo 3 - Receba a coisa: Compete a nós a conexão com o dínamo do céu.

Passo 4 - Conte a coisa: Contar para que outros também possam crer. (Kenneth Hagin, Como Registrar Seu Próprio Bilhete com Deus, p.5, citado por Hank Hanegraaaff, em Cristianismo em Crise, p. 81).


"Nunca jamais, em tempo algum vão ao Senhor e digam: 'Se for da tua vontade...' Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês. Quando vocês oram "se for da tua vontade, Senhor" a fé é destruída. A dúvida espumará e inundará todo o seu ser. Resguardem-se de palavras como essas, que lhes roubarão a fé e os puxarão para baixo, ao desespero" (Benny Hinn, Levante-se e Seja Curado, ibid, p.295).


Frederic Price, outro arauto da Confissão Positiva, segue no mesmo diapasão: "Se você tem de dizer: 'Se for da tua vontade' ou 'Que se faça a tua vontade', então você está chamando Deus de idiota. É deveras estupidez orar para que a vontade de Deus seja feita. Isto é uma farsa, um insulto à inteligência de Deus". "O homem foi criado em termos de igualdade com Deus... O crente é chamado de Cristo... Eis quem somos: somos Cristo... Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi. O Senhor fez o homem como o Seu substituto aqui na terra... O homem era Senhor... vivia em termos de igualdade com o Criador. Muitos não sabem ainda que são filhos e filhas de Deus tanto quanto o próprio Jesus... Nem o próprio Senhor Jesus tem uma posição melhor diante de Deus do que você e eu temos" (Kenneth Hagin, citado por Hank Hanegraaaff, Cristianismo em Crise, p. 116/7).


Observem que Hagin rebaixa Jesus a uma condição de desigualdade com o Pai, ao mesmo tempo em que promove a deificação do homem. Essa doutrina é a da serpente (Gn 3.5). "A razão para Deus criar Adão foi seu desejo de reproduzir a si mesmo. Adão não era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao menos estava subordinado a Deus" (Kenneth Copeland)."Deus está duplicando a si próprio na Terra" (John Avanzini). "Vocês sabiam que desde o começo do tempo o propósito inteiro de Deus era reproduzir-se?... e quando estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para Morris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus" (Morris Cerullo). "Deus duplicou a si mesmo em espécie. Adão foi uma exata duplicata do tipo de Deus" (Charles Capps)."Jesus foi recriado nas portas do inferno" (Valnice Milhomens)."Anos atrás costumavam pregar: Ó, nós andaremos por ruas de ouro. Hoje eu digo: Não preciso de ouro lá em cima. Quero o ouro aqui embaixo". Benny Hinn"Você quer prosperar? O dinheiro vai cair sobre você da esquerda, da direita e do centro. Deus começará a fazê-lo prosperar, pois o dinheiro sempre se segue à retidão... Diga comigo: Tudo que eu possa desejar já está em mim". Benny Hinn"Acredito que a oração do Pai Nosso não é para os crentes hoje em dia" (Frederic Price)."Não somente a ansiedade é um pecado, mas também o ser pobre, quando Deus promete a prosperidade" (Robert Tilton, citado por Hank Hanegraafff, "Cristianismo em Crise", p.200).


"O diabo é que impede o dinheiro de chegar a você...". "A doença e a enfermidade procedem de Satanás..." (Kenneth Hagin, citado por John Ankerberg e John Weldon, em Os Fatos sobre o Movimento da Fé).


"Envie-me seu pano verde de oração como meu ponto de contato com você!... Quando eu tocar em seu pano será como se estivesse tocando em você!... Quando você tocar nesse pano, será como pegar minha mão e tocar-me. Quero que a unção que Deus pôs sobre a minha vida, em favor de milagres financeiros e de prosperidade fluam diretamente da minha mão para a sua... Então você reinará na vida como um rei". (Robert Tilton).


"Eu estava muito influenciado por Kenneth Hagin e Kenneth Copeland. Nenhum deles fala de salvação. Só de fé. A mensagem da fé é vazia sem o Espírito. A própria palavra prosperidade foi distorcida e tornou-se de importância fundamental no ministério. Dinheiro, dinheiro, dinheiro. É quase como ir a um cassino jogar" (Benny Hinn, citado por Paulo Romeiro, em Evangélicos em Crise, p.43-44). (Arrependimento de Benny Hinn).


Desmascarando "Os Papas" da Prosperidade e Saúde


Os proponentes da confissão positiva afirmam que a prosperidade financeira é uma prova de fidelidade do crente a Deus. Esses pregadores ensinam que todo crente tem direito a riquezas materiais e saúde perfeita, em todo tempo. E isto deve ser exigido de Deus, como parte de suas promessas conforme escritas na Palavra de Deus.


Alguns dias atrás, recebi um e-mail, que continha um material da pesquisadora de religiões Mary Schultz(3) mostrando como terminaram alguns dos grandes pregadores da prosperidade e da saúde perfeita. observem:

01. E. W. Kennyon faleceu vitima de um tumor maligno.

02. John Wimber e seu filho Chris morreram de câncer.

03. A . A. Allen morreu de alcoolismo.

04. John Lake morreu de um colapso.

05. Gordon Lindsey morreu do coração.

06. O cunhado de Kenneth Hagin morreu de câncer.

07. O mesmo aconteceu à sua irmã.

08. Sua esposa foi operada e o próprio Hagin usou óculos até morrer.

09. Kathryn Khulmann morreu do coração.

10. Daisy Osborne morreu de câncer, jurando que havia sido curada.

11. Jamie Buckingham morreu de câncer.

12. Fred Price conseguiu uma quimioterapia para a sua esposa.

13. John Osteen procurou ajuda médica para curar o câncer da esposa.

14. A esposa de Charles Capps fez tratamento médico de câncer e também Joyce Meyer.

15. Mack Timberlake está se tratando de um câncer na garganta.

16. R. W. Shambach fez quatro pontes safenas.

17. O Profeta Keith Greyton morreu de AIDS.


(4)Pedir ou exigir? (Reflexão)


Com relação à substituição do "pedir" pelo "exigir", vejam o seguinte. Pedir, do grego aiteõ, sugere a atitude de um suplicante que se encontra em posição inferior àquele a quem pede. É esse o verbo usado em João 14.13 - "E tudo quanto pedirdes em meu nome..." - e 14.14 - "Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei". "Pedir", do grego erõtaõ, indica com mais freqüência que o suplicante está em pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem ele pede, como, por exemplo, um rei fazendo pedido a outro rei. "Sob este aspecto, é significativo destacar que o Senhor Jesus nunca usou o verbo aiteõ na questão de fazer um pedido ao Pai", por ter dignidade igual Àquele a quem pedia. (Jo 14.16; 17.9,15,20 - Fonte: Dic. VINE). Como a Confissão Positiva diviniza o homem, colocando-o no mesmo nível de Deus, não há porque pedir, mas exigir. Alguns falam em "reivindicar direitos", da mesma forma como fazemos nos requerimentos endereçados às autoridades constituídas.(5)


Soli Deo Gloria

_____________________________________________________________________(1) Anderson Maciel é formado em Teologia, onde concluiu o seu bacharelado no ano de 2002, na Faculdade Teológica Cristã Evangélica, Pastor da Igreja Evangélica Ministério Cruz de Cristo em Taguatinga Norte, no DF, atua em várias áreas entre elas o Ensino Teológico, Apologética Cristã e Treinamento de Líderes. E-mail: pr.anderson@ccfe.com.br
(2) Costa, Airton Evangelista. Confissão Positiva as Enfermidades. Cit. pp. 3,4.(3) Mesma autora do artigo intitulado: Drogas Espirituais 2000.(4) Júnior, Isaías Lobão. Por que eu não creio na Teologia da Prosperidade. Cit. pp. 1,2.(5) Costa, Airton Evangelista. Confissão Positiva as Enfermidades. Cit. pp. 4.



Espiritualidade masoquista, teologia sádica.


Texto de: Ricardo Gondim.


Para Simone Weil quando o sofrimento atinge níveis próximos do desespero, ele se chama de “infortúnio". Para ela, o infortúnio acontece quando a dor chega, ao mesmo tempo, em três dimensões essenciais da vida: a física, a psicológica e a social.

As dores isoladas não deixam vestígios. A dor física provocada por um dente infeccionado, por exemplo, desaparece, instantaneamente, quando o dente é extraído.

A teóloga alemã, Dorothee Sölle, afirma que nem mesmo a dor puramente psíquica alcança a dimensão do infortúnio, já que “o espírito, que por natureza foge do infortúnio com a mesma imediatidade e o mesmo ímpeto irresistível com que um animal foge da morte, sempre dispõe de suficientes meios de derivação”.


Existem pessoas que sofrem o infortúnio porque estão feridas, simultaneamente, no plano físico, mental e social; estão abatidas porque, junto com a dor corporal, esvai-se também a auto-estima e junto com a baixa estima brotam sentimentos (reais ou imaginários, não importa) de “descenso social”, que solapam a esperança.


O que os religiosos chamam de inferno é o mesmo que a filosofia de Simone Weil considera como infortúnio: a soma do medo de ser proscrito da comunidade, mais o horror de ver-se como um estrangeiro em sua própria cidade, mais as seqüelas da dor física, mais a culpa sem conserto, mais a impotência diante dos processos gigantescos de opressão.

A principal característica do infortúnio é a escravidão, “o desenraizamento da vida, algo que, numa forma mais ou menos atenuada, é equiparável à morte, algo presente na alma de forma inelutável à guisa de agressão ou ameaça direta da dor corporal”.

Uma mulher espancada pelo marido e que convive num ambiente religioso e social que não permite o divórcio, sofre para além da dor; ela está escravizada ao “infortúnio”; vive um inferno. O mesmo inferno do índio tuberculoso quando tosse sangue e é segregado do restante da tribo; ou do iraquiano que depois de enterrar o filho, precisa voltar para os escombros de seu lar; ou do camponês que trabalha na lavoura da cana até a fadiga mortal.


Muito do que já se escreveu como teologia, não passa do esforço monumental de responder ou lidar com o infortúnio. Para Dorothee Sölle, as várias tentativas de responder aos horrores do sofrimento acabaram produzindo, simultaneamente, “masoquismo religioso” e “teologia sádica”.
“Masoquismo religioso” deve ser compreendido como resultado do esforço da teologia de oferecer argumentos que auxiliariam as pessoas em seus infortúnios. E um desses argumentos vem como uma chamada para que se encare a dor como uma pedagogia.

No masoquismo religioso as pessoas são ensinadas a conviverem com um Deus que abate, faz sofrer, permite agonias atrozes, mas, sempre para ensinar alguma coisa. Deus investe no crescimento dos seres humanos e um de seus métodos é fazer padecer.
Então, o objetivo de uma verdadeira espiritualidade seria a aceitação ou resignação aos planos (nem sempre revelados) de Deus para a vida. Sölle menciona em seu livro, “Sofrimento” (Editora Vozes), os argumentos de um pequeno dicionário teológico sobre a responsabilidade do homem [e da mulher] diante do sofrimento:


“Aceitar sem restrições a situação que se abate sobre ele, acolhe-la e integrá-la criativamente e transforma-la (ativo enquanto sofre e sofrendo ativamente) num momento de sua realização própria (o que ver a ser o o posto de um passivo deixar-acontecer), de modo que nele se decida por Deus... Nesse sentido o sofrimento se configura como ‘querido por Deus"’.
Para Sölle, o masoquismo religioso ensina que “o sofrimento está aí para que seja quebrado o nosso orgulho, evidenciada a nossa dependência". Assim entendido, o sofrimento teria como efeito reconduzir-nos a um Deus cuja excelsitude se manifesta na medida de nossa pequenez”.
Infelizmente tal masoquismo se tornou prevalecente na cristandade ocidental; seu propósito aparentemente nobre é convencer as pessoas de que os infortúnios incontornáveis da existência fazem parte de um plano maior, são elos ou engrenagens de um sistema que visa nosso bem eterno. “Assim sendo todo sofrimento é considerado uma provação por Deus enviada, a que devemos submeter-nos”.

Quem aprender a submeter-se passivamente diante das adversidades mais implacáveis, consegue, dentro dessa maneira de pensar, maior consagração. Como o sofrimento significa também punição, as tribulação devem ser compreendidas como castigo divino, conseqüência de pecados antigos, inclusive, do pecado original, cometido por Adão e Eva.
Tal masoquismo tenta, portanto, responder aos infortúnios quando insiste que Deus faz adoecer porque ama, e que mata quando precisa cumprir qualquer propósito. Nesse pressuposto foi possível afirmar que Deus chegou a criar homens [e mulheres] maus para usá-los em “trabalhos sujos” - citam-se o endurecimento do coração de Faraó e a doutrina da dupla predestinação, uns criados para o céu e outros para o fogo eterno.


Essa noção leva a outro extremo: o sadismo teológico. Diante das ambigüidades humanas, diante do recrudescimento constante do mal, não é difícil ensinar as pessoas a se submeterem a uma suposta “pedagogia divina”. Ora, o mal não desaparece, não dá tréguas. O caminho aparentemente mais fácil para lidar com as dores universais seria, então, aprender a confiar que, de alguma maneira, tanta dor sirva para algum propósito – mesmo desconhecido.
Mas para substanciar esse aprendizado torna-se necessário erigir uma concepção de Deus como “agente causal do sofrimento”:


“O Deus propiciador e agente causal do sofrimento converte-se em tema transfigurado da teologia, a qual incapaz de um ardor próprio, dirige o olhar para o Deus atormentador e exigente do impossível. Mal se pode duvidar de que a Reforma tenha reforçado os acentos sádicos da teologia. A experiência existencial assim como fora configurada na mística de um Deus que se posiciona ao lado dos sofredores é substituída por uma sistemática teologia relacionada com o juízo final” .


Por isso, quando confrontado com situação paradoxais como a prosperidade dos ímpios e os infortúnios dos fiéis, Calvino ofereceu uma resposta dramática: "O Senhor engorda os porcos para o abate”; referindo-se obviamente ao juízo final".
Sölle considera que na concepção calvinista do sofrimento há um esforço para preservar a sagrada majestade de Deus às custas da desvalorização da humanidade, sempre retratada de forma monstruosa. Acontece que existe uma incoerência interna no argumento. Se Deus criou todas as coisas e as predestinou para que fossem da maneira que são, ele não poderia se irar contra a perversidade, pois ela fez parte de seu planejamento eterno.

Mas para defender essa percepção, epidemias, guerras e outras angústias são aceitas como castigos que vingam a glória divina, punem os pecados e "educam" os salvos. O sofrimento é, assim, um castigo de Deus que tem propósito. Calvino afirmou: ‘Os povos que vens castigar; os homens foram golpeados por tuas varas através da doença, da prisão e da pobreza, devem ter pecado.


Uma das tarefas da teologia, entretanto, deveria ser a de esvaziar precisamente tais concepções. Deus não justifica a miséria e a injustiça que condena bilhões à degradação sub-humana; os imperialismos e colonialismos alienantes não fizeram parte do projeto criador de Deus e não são dentes das engrenagens escatológicas.

A dor humana é um acinte ao seu propósito de que todos "tenham vida com abundância"; a injustiça será sempre um horror que move Deus a conclamar os profetas a mostrarem sua indignação; as chacinas e os holocaustos são excrescências provocadas pela maldade dos corações humanos e Deus jamais planejou que fossem assim. “Há dores que ultrapassam infinitamente toda forma de culpa. É demasia para todos”.


É mister que se recupere o legado místico da espiritualidade cristã, que não prioriza um teísmo vingador e não aceita o “deus da pedagogia escondida”. Nas tradições espirituais cristãs místicas. Deus é compassivo com o sofrimento e com as contingências, muitas vezes, dolorosas e perversas da história. O clamor dos injustiçados, o sofrimento dos escravizados e as angústias dos marginalizados sobem até os seus ouvidos e provocam sua ira. O sofrimento do mundo magoa o seu coração.


Se houve alguma necessidade de sacrifício para que a maldade não passasse impune, Deus infligiu a si mesmo – “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele”. Se o derramamento de sangue era imprescindível para que se satisfizesse a justiça, "o Senhor, tal como uma ovelha que segue para o matadouro", entregou-se pelo mundo.


Deus não é sádico. Ninguém precisa aprender a lidar com os infortúnios com masoquismo. Há esperança!


Soli Deo Gloria.